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segunda-feira, 9 de agosto de 2010
A besta está em nós
Isso aconteceu este sábado sete de agosto de 2010, próximo a Nova Iguaçu, Rio de Janeiro. É próximo de onde eu moro, pode ser um ônibus que eu pego com freqüência. Poderia ter acontecido comigo, poderia ter acontecido com um amigo meu. E ontem enquanto eu almoçava com meu pai, o pai desse rapaz chorava. E ainda chorava dando depoimento para a televisão.
Por que isso?
Quem são essas pessoas que andam pelas ruas e pensam que podem fazer o que quiserem? Que quem se magoar com seus atos monstruosos está lhe insultando e deve dar satisfação? É isso que se passa por suas mentes, que ELES são justos num mundo de incompetentes arrogantes? Mas eu digo, pessoas assim renunciam aos próprios direitos violando o dos outros dessa forma, pessoas assim que deveriam morrer todos os dias. O direito à vida é assegurado a todos pois não importa qual o erro é creditada a uma pessoa a capacidade de aprender a respeitar, de aprender a não repetir o erro. Mas essas pessoas são punidas e voltam a agredir os outros, por diversão. E a nós só resta lamentar e rogar esperançosamente que um dia eles entendam o sofrimento que causaram e sofram de remorso. Mas que sofram muito.
Link:A reportagem sobre o assunto aqui
Memento mori.
quarta-feira, 14 de julho de 2010
O Horror do Mundo Real
Nas postagens com a etiqueta Horror do Mundo Real desejo expor casos publicados com intenção de alertar aos eventuais leitores sobre as formas que o horror toma forma no dia-a-dia. E se possível, apontar à estupidez de alguns criminosos em cometer os crimes. Como nesse caso recente, que muito incomodou por causa de toda atenção dada. O jogador Bruno do flamengo!!! Correndo o risco de fugir do clima vou dizer o que eu penso. O maluco tinha futuro; iam chamar ele pra jogar na Europa, ele já era rico. Num sei se ele era casado e não quero saber. É irrelevante. Uma garota engravida dele, aparentemente apenas para conseguir dinheiro...e ele, uma pessoa conhecida, com tudo para estar nadando em dinheiro, não era um completo idiota, ou seja, tinha conhecimento das alternativas legais para resolver a situação...manda o amiguinho matar a garota!!! [maldição]
dê mais alguns meses, quando a Globo parar de falar no assunto, vão surgir um ou até dois imitadores...significa que alguém, com as mesmas oportunidades de vida ou não, vai matar uma mulher grávida só pra aparecer na TV. Não importa o que os repórteres digam, o que ele diga...é só pra chamar a atenção.
E esses são os humanos.
memento mori.
terça-feira, 6 de julho de 2010
O Corvo
Edgar Allen Poe é um deles, e seu poema O Corvo é sua obra mais conhecida. Aqui lhes ofereço este escrito genial, na tradução de Fernando Pessoa, que infelizmente não faz justiça ao drama de Allen Poe. Posteriormente publicarei o original em inglês. Devo futuramente me aventurar a fazer minha própria tradução, correndo sério risco de perder a preciosa rima que marcava o estilo do autor.
- Ah, que bem disso me lembro! Era no frio dezembro,E o fogo, morrendo negro, urdia sombras desiguais.Como eu qu'ria a madrugada, toda a noite aos livros dadaP'ra esquecer (em vão!) a amada, hoje entre hostes celestiais -Essa cujo nome sabem as hostes celestiais,
- Mas sem nome aqui jamais!
- Como, a tremer frio e frouxo, cada reposteiro roxo Me incutia, urdia estranhos terrores nunca antes tais! Mas, a mim mesmo infundido força, eu ia repetindo, "É uma visita pedindo entrada aqui em meus umbrais; Uma visita tardia pede entrada em meus umbrais.
- É só isto, e nada mais".
- E, mais forte num instante, já nem tardo ou hesitante, "Senhor", eu disse, "ou senhora, decerto me desculpais; Mas eu ia adormecendo, quando viestes batendo, Tão levemente batendo, batendo por meus umbrais, Que mal ouvi..." E abri largos, franqueando-os, meus umbrais.
- Noite, noite e nada mais.
- A treva enorme fitando, fiquei perdido receando, Dúbio e tais sonhos sonhando que os ninguém sonhou iguais. Mas a noite era infinita, a paz profunda e maldita, E a única palavra dita foi um nome cheio de ais - Eu o disse, o nome dela, e o eco disse aos meus ais.
- Isso só e nada mais.
- Para dentro então volvendo, toda a alma em mim ardendo, Não tardou que ouvisse novo som batendo mais e mais. "Por certo", disse eu, "aquela bulha é na minha janela. Vamos ver o que está nela, e o que são estes sinais." Meu coração se distraía pesquisando estes sinais.
- "É o vento, e nada mais."
- Abri então a vidraça, e eis que, com muita negaça, Entrou grave e nobre um corvo dos bons tempos ancestrais. Não fez nenhum cumprimento, não parou nem um momento, Mas com ar solene e lento pousou sobre os meus umbrais, Num alvo busto de Atena que há por sobre meus umbrais,
- Foi, pousou, e nada mais.
- E esta ave estranha e escura fez sorrir minha amargura Com o solene decoro de seus ares rituais. "Tens o aspecto tosquiado", disse eu, "mas de nobre e ousado, Ó velho corvo emigrado lá das trevas infernais! Dize-me qual o teu nome lá nas trevas infernais."
- Disse o corvo, "Nunca mais".
- Pasmei de ouvir este raro pássaro falar tão claro, Inda que pouco sentido tivessem palavras tais. Mas deve ser concedido que ninguém terá havido Que uma ave tenha tido pousada nos meus umbrais, Ave ou bicho sobre o busto que há por sobre seus umbrais,
- Com o nome "Nunca mais".
- Mas o corvo, sobre o busto, nada mais dissera, augusto, Que essa frase, qual se nela a alma lhe ficasse em ais. Nem mais voz nem movimento fez, e eu, em meu pensamento Perdido, murmurei lento, "Amigo, sonhos - mortais Todos - todos já se foram. Amanhã também te vais".
- Disse o corvo, "Nunca mais".
- A alma súbito movida por frase tão bem cabida, "Por certo", disse eu, "são estas vozes usuais, Aprendeu-as de algum dono, que a desgraça e o abandono Seguiram até que o entono da alma se quebrou em ais, E o bordão de desesp'rança de seu canto cheio de ais
- Era este "Nunca mais".
- Mas, fazendo inda a ave escura sorrir a minha amargura, Sentei-me defronte dela, do alvo busto e meus umbrais; E, enterrado na cadeira, pensei de muita maneira Que qu'ria esta ave agoureia dos maus tempos ancestrais, Esta ave negra e agoureira dos maus tempos ancestrais,
- Com aquele "Nunca mais".
- Comigo isto discorrendo, mas nem sílaba dizendo À ave que na minha alma cravava os olhos fatais, Isto e mais ia cismando, a cabeça reclinando No veludo onde a luz punha vagas sobras desiguais, Naquele veludo onde ela, entre as sobras desiguais,
- Reclinar-se-á nunca mais!
- Fez-se então o ar mais denso, como cheio dum incenso Que anjos dessem, cujos leves passos soam musicais. "Maldito!", a mim disse, "deu-te Deus, por anjos concedeu-te O esquecimento; valeu-te. Toma-o, esquece, com teus ais, O nome da que não esqueces, e que faz esses teus ais!"
- Disse o corvo, "Nunca mais".
- "Profeta", disse eu, "profeta - ou demônio ou ave preta! Fosse diabo ou tempestade quem te trouxe a meus umbrais, A este luto e este degredo, a esta noite e este segredo, A esta casa de ância e medo, dize a esta alma a quem atrais Se há um bálsamo longínquo para esta alma a quem atrais!
- Disse o corvo, "Nunca mais".
- "Que esse grito nos aparte, ave ou diabo!", eu disse. "Parte! Torna á noite e à tempestade! Torna às trevas infernais! Não deixes pena que ateste a mentira que disseste! Minha solidão me reste! Tira-te de meus umbrais! Tira o vulto de meu peito e a sombra de meus umbrais!"
- Disse o corvo, "Nunca mais".
- E o corvo, na noite infinda, está ainda, está ainda No alvo busto de Atena que há por sobre os meus umbrais. Seu olhar tem a medonha cor de um demônio que sonha, E a luz lança-lhe a tristonha sombra no chão há mais e mais,
- Libertar-se-á... nunca mais!
- O CORVO * (de Edgar Allan Poe)
quarta-feira, 23 de junho de 2010
Fallout, uma previsão sinistra; e possível...
A série de jogos para computador Fallout conta histórias pós-guerra nuclear passadas em grandes cidades americanas. Tratam-se de jogos de RPG eletrônico. Significa que há uma grande história que pode mudar de rumo dependendo das ações e diálogos do jogador. Fallout 3, que foi o que eu joguei, pode ter um final com um sacrifício dramático e heróico, pode ter um fim apenas heróico, ou um extremamente catastrófico causados pelo egoísmo e a ganância do protagonista. O protagonista sempre é um morador de um dos Vaults, abrigos subterrâneos construídos na iminência da guerra para abrigar quem pudesse pagar. Em cada jogo há um bom motivo para o personagem sair de seu abrigo para um mundo selvagem( daí o nome do jogo; “cair fora”). No primeiro jogo um equipamento importante do Vault 13 para de funcionar e o herói deve procurar outro antes que seus companheiros morram. No fallout 3, o de melhores gráficos até agora, o pai do personagem foge do Vault 101, na Washington de 2277, conhecida como Capital Wasteland (Capital das Terras Perdidas). Então o herói é praticamente expulso do lar e decide ir em busca do pai. Dependendo da vontade do jogador, pode-se partir então numa jornada para ajudar a recomeçar a civilização.


Uma pitada de macabro.


A voz do presidente do Enclave é emprestada de Malcolm McDowell, protagonista do filme Laranja Mecânica de Stanley Kubrick.
Qualquer semelhança com o filme recente O Livro de Eli, é mera coincidência, mas bem que podia não ser. O filme tem um enredo completamente diferente, mas também é ótimo no mesmo tema pós-apocalíptico. Para quem gostar do estilo vale ver também a trilogia Mad Max e o anime Desert Punk.
segunda-feira, 24 de maio de 2010
Festim Diabólico
Os bons americanos morrem jovens no campo de batalha. Os Davids desse mundo apenas ocupam espaço. O grande ponto, o especial desse filme, não é o assassinato em si, tão normal em filmes e na vida real que não mereceria sequer comentários, nem a arma do crime que dá nome ao filme. É a forma grotesca como eles decidem “celebrar” seu ato. Colocaram o corpo dentro de um baú que ficava na sala, forraram-no, amontoaram comida entre dois castiçais... E deram uma festa, convidando os familiares e amigos de David. O horror fica por conta da fraqueza de Philip, temendo que a brincadeira da festa seja descoberta, sendo mais torturado pelos flertes de Brandon com o perigo, sempre dando pistas aos convidados. Mas o grande erro foi mesmo convidar o antigo professor com a esperança de que ele apreciasse o que foi feito. Onde está David? Por que está tão atrasado para a festa?Será que algo aconteceu com ele? O suspense no fim é você saber a resposta a essas perguntas e todo o horror que isso implica. O que você sentiria ao descobrir que a pessoa que você espera está dentro do baú? O que você sentiria se você não quisesse que o baú fosse aberto? memento mori. |
domingo, 23 de maio de 2010
Pondo os pés no chão
Para o fim de evitar constrangimentos e comentários desagradáveis no futuro, venho por meio desta postagem explicar mais um pouco da visão do horror que intento descrever neste blog.
Antes de qualquer suposição, o tema aqui exposto não compõe nenhuma apologia ao terrorismo nem valoriza a violência. Não trata de nenhuma religião, seita ou organização, fora com intuito de dar verossimilhança a algum conto de ficção que espero publicar, de minha autoria ou de terceiros.
O Horror aqui descrito é uma emoção como qualquer outra e implica também o desespero, um pânico que lhe aflige sempre antes das coisas melhorarem na vida real. Vale o ditado, tudo sempre piora muito antes de melhorar. É como acordar de um pesadelo e sentir um alivio extasiante por nada no sonho ser real. Esse é um argumento a quem nos tenta impedir de buscar esse sentimento, quem não se agrada com um filme de terror e nos gasta a paciência dizendo que isso, de alguma forma, nos faz mal. A tristeza, o frio, a incerteza, a perda e a morte fazem parte da vida (especialmente a morte), e fingir que essas coisas não existem não as afastará para sempre e pode te destruir quando se deparar com elas. Procuro também adicionar a aura da estética gótica como subcultura urbana; imagens, desenhos, a arte e a poesia que me inspiram os sonhos, e os pesadelos, mais insólitos.
E este blog, sobretudo, é um ponto de encontro para admiradores de histórias de terror, suspense, comédias de humor negro e dramas. Ninguém precisa concordar com o que escrevi aqui, desde que não encham os comentários de críticas negativas.
quarta-feira, 24 de março de 2010
O Cenário Sombrio - Uma visão do horror
Apesar de todo este desespero, isso é bom. É bom porque o medo, e a dor, são o que nos faz saber que estamos vivos também. Somado a isso, quando o horror passa, voltamos a valorizar as pequenas coisas da vida pacata que você já estava esquecendo o quanto são importantes. Mas cale lembrar também que a ingenuidade deve ser moderada. Como você pode ver todos os dias, a não ser que seja um alienado completo, shows de horror acontecem no mundo real e tomam seus ligares nas manchetes, muitas vezes fazendo-nos chorar, sem apelar para o sobrenatural, mas para o insompreensível dos caprichos da mente humana. Tão humana...
Então, saiba que haverá ao menos um momento em sua vida que você notará estar ao encontro dessa realidade sombria e que você poderá causar um desses momwntos de horror. Nessa hora tenha em mente a diferença: na realidade do seu dia-a-dia você terá toda uma vida de novas experiências enquanto um show de horror costuma terminar em morte. E essa raramente é a realidade do dia-a-dia. O mundo real não precisa ser assim.