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quinta-feira, 9 de maio de 2013

Uma noite alucinante, a morte do demônio.


Groovy!
Após uma longa pausa neste blog, resolvi que deveria voltar à ativa para falar do filme mais esperado do ano (por mim pelo menos). Estou falando do remake de um clássico do terror e da comédia também, Evil Dead de Fede Alvarez é uma homenagem mais do que merecida à obra prima de Sam Raimi. O filme original, devo dizer, vi poucas vezes, mas reconheço como uma obra memorável do horror. O que tenho na minha recordação são as cenas clássicas do Uma Noite Alucinante que fiquei feliz de ver adaptadas à nova versão.
A primeira notícia que tive dessa produção foi O pôster. Aquele com uma garota visivelmente com problemas e os dizeres “The most terrifying film you will ever experience”. Com toda certeza, se o A Morte do Demônio original pareceu ser, mesmo com os efeitos trash da época, incrivelmente assustador, mesmo agora quando revi para me lembrar. Mas foi o trailer do novo Evil Dead que prometeu mesmo. Me enchi de expectativas sobre o filme, mas com um histórico de decepções, achei melhor não esperar tanto, mesmo o vídeo de dois minutos e oito sendo bem específico quanto a quão foda seria.  
Fui ao cinema no dia 24 esperando apenas ver Evil Dead, com melhores efeitos, talvez uns sustos melhores. E saí satisfeito e encharcado de sangue. Não apenas nostálgico e mais decente, mas fiel. Não vou mentir que seja outro clássico, nem que seja perfeito em comparação com os originais, mas sinceramente, filme de terror que presta é um ou dois a cada dez anos e esse, com toda certeza, vale a pena ter na coleção. É um tributo com o melhor dos dois primeiros filmes, mais algumas curiosidades. Recomendado ver no cinema e legendado. E sozinho, como eu mesmo fiz.

memento mori
E agora, Crítica com Spoilers:
CARALHOOOO!!! CHOVE SANGUE!!! Você não tem noção: CHUVA – DE – SANGUE!!!!  Hahá, esse filme foi perfeito como uma lembrança, colocando menções sutis aos filmes originais e ainda assim, sendo original, tendo um identidade própria. Mas eu sempre penso muito melhor dos filmes mais emocionantes, apenas na primeira vez que os vejo. Será que Evil Dead de Fede Alvarez, é mesmo tão perfeito?
Vejamos que o filme começa bem, te dando carisma com os personagens. Ele não perde tempo com todos os personagens, apenas nos principais, os irmãos Mia e David, e na relação deles com o resto do grupo. Para resumir os elementos que são espalhados pelo filme, Mia se tornou viciada após acompanhar a mãe em seus últimos dias de vida, enquanto David havia os abandonado. O filme começa quando o grupo de amigos e o ausente David se reúnem numa velha cabana da família para tentar mantê-la longe das drogas. Tudo isso chega ao conhecimento do público apenas a partir de diálogos, o filme é bem subjetivo, não mostrando personagens nem lugares que estejam fora da trama. Quando chegam, eles percebem que a casa foi invadida, e quando Mia começa a sofrer com a abstinência, sente o cheiro forte de algo na casa. Indo para o porão eles encontram os restos de vários gatos pendurados no teto e um livro bem embrulhado com plástico e arames farpados. Isso se deve a um ritual de banimento que aparece no prelúdio do filme.
Achei bem interessante a maneira como o psicológico foi usado aqui, mais intenso e perigoso que no original. Ela está tendo abstinência, mas é normal se mutilar dessa forma? Podemos estar infectados com algum vírus desconhecido que proliferou dos animais mortos no porão? Qualquer dúvida desaparece quando carne, ossos e sangue se separam e se espalham.
De negativo, posso citar alguns pontos que me deixaram desconfortável.  A imagem que eu tinha do antigo era o herói, que decepou a própria mão para não ser possuído (embora ele fosse um vez) e lutava bravamente sem ela. No filme, duas pessoas perdem a mão. Primeiro, a namorada do David, numa ação parecida com a de Ash no filme antigo, mas mesmo assim ela fica possuída. E depois a própria Mia, quando volta dos mortos, e mesmo achando que uma viciada em recuperação que acabou de ver o irmão morrer, teria pouca motivação pra arrancar a mão na base da porrada como ela fez. Por fim, achei estranho ter tantos finais, a luta entre David e Mia possuída, a última conversa enquanto ele a enterrava viva, então um twist e ele a ressuscita (o que na verdade, eu achei genial) , então, quando você pensa que ela ainda está possuída, ou eles vão embora, Eric volta como um zumbi e ataca David, que se mata heroicamente. Então Mia sobrevive, você vê mais uma menção ao original, a corrente jogada formando uma caveira, e de repente... começa a chover sangue e o demônio sai do chão!!! (o que na verdade também achei foda).
Parece que até nos pontos negativos se esconde algo de bom nesse filme. Por fim, uma cena que eu acho que vai ficar icônica, ou pelo menos serve pra fazer um pôster e pendurar na sala. Mia, motherfucking enfiando a motosserra na cara do capeta, com uma mão só, coberta de sangue, com toda a pose de herói esmigalhando demônio que Ash tinha nos anos 80.
Sem mais o que dizer, encerro a zona de spoilers. 10:49 09/05/2013